Informativo ADCE Minas – Carta do 43º Encontro de Reflexão para Empresários e Dirigentes de Empresa

Empresa com Valores: A Liderança Empresarial em Tempos de Crise

No dia 16 de abril, de 2016, foi realizado na Paróquia Nossa Senhora Rainha, no Bairro Belvedere, em Belo Horizonte, o 43º Encontro de Reflexão para Empresários e Dirigentes de Empresas, promovido pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa – ADCE Minas.

O encontro contou com associados da ADCE Minas, empresários, empreendedores, dirigentes e líderes empresariais.

A ADCE Minas torna pública a reflexão sobre as questões relativas ao atual momento de crise no país e sua relação com a fé e as conexões morais dos valores cristãos.

Inspirados pela mensagem do livro “A vocação do líder empresarial – uma reflexão”, publicado pelo Conselho Pontifício de Justiça e Paz do Vaticano, no seu parágrafo 63, os participantes procuraram observar os erros cometidos por toda a sociedade e em especial a classe empresarial e quais seriam os caminhos apontados em direção a uma retomada econômica, social e principalmente moral, baseado nos pilares éticos e nos valores cristãos.

§ 63 “Infelizmente, há pessoas de fé no mundo dos negócios cujas ações falharam quanto a testemunharem e serem inspiradas pela sua fé e convicções morais. Testemunhamos muitos escândalos, envolvendo líderes que usaram mal as suas posições de autoridade e liderança. Sucumbiram aos pecados do orgulho, da ganância, da cobiça e outros vícios mortais. Não são somente esses casos graves que são tão penosos de testemunhar; o que é também trágico é que há cristãos que, embora não estando envolvidos em atividades ilegais ou escandalosas, acomodaram-se ao mundo, vivendo como se Deus não existisse. Não somente vivem no mundo, mas tornaram-se do mundo. Quando os líderes empresariais cristãos falham na vivência do Evangelho dentro das suas organizações, as suas vidas “antes escondem do que revelam o autêntico rosto de Deus e da religião”.

Concluiu-se existir uma falha indicada pela questão moral, onde a parte da sociedade composta principalmente por políticos e empresários, se deixou levar pela ganância, pelo poder e sobretudo pela busca incessante do lucro acima do bem comum e da dignidade do ser humano. Devemos reconhecer as fraquezas, nos redimir e assim cobrar posturas éticas dos líderes empresariais e mandatários políticos. Esta exigência também deve alcançar toda a sociedade, pois existe arraigada na nossa cultura uma tolerância aos pequenos deslizes, que são as sementes que futuramente produzirão os graves escândalos públicos e privados.

Falhamos na vigilância e na firmeza. Conhecedores e viventes da prática cristã, temos a ciência dos valores, mas por vezes temos dificuldades em mantê-los ativos e vivos quando somos tentados por caminhos fáceis, atalhos, e propostas de ganhos superiores ou extraordinários em diferentes circunstâncias de nossas vidas no mundo dos negócios. Como cristãos, devemos renovar a cada dia esta responsabilidade de vivermos os ensinamentos do Evangelho no dia a dia do ambiente empresarial e corporativo.

Necessitamos ser ainda mais zelosos na defesa da família, na caridade, na solidariedade e na prática do amor cristão. O legado que devemos deixar para as futuras gerações, passa pelo que praticamos nas nossas empresas, no nosso relacionamento com colegas, funcionários e eventualmente chefes. Com coragem devemos assumir nossa condição de cristão no ambiente do trabalho, assumir nossa coerência de fé e sem medo ou vergonha proclamarmos nossas convicções cristãs, os valores que nos inspiram e guiam, e obviamente, sermos fiéis aos ensinamentos do Evangelho. Devemos estar atentos para evitarmos a vida dividida quando desconectamos nossa fé, nossos valores das ações do nosso dia a dia.

Reconhecemos a necessidade de uma reorganização da sociedade, que deve começar por cada um de nós rumo à uma conversão que só será possível com muita persistência e fé. Sabemos da nossa frágil condição humana, de pecadores, e quanto custa enfrentarmos as facilidades e as armadilhas que nos levam a uma traição daquilo que nos norteia.

Assim, precisamos nos apoiar uns nos outros, com fraternidade e nos olharmos e enxergarmos como irmãos, que se gostam e querem o bem do outro. Não podemos ser omissos, indiferentes diante das desigualdades e das precariedades morais. Devemos cobrar, denunciar e acima de tudo dar exemplo todos os dias.

É preciso fomentar a associação de pessoas do bem, formar uma corrente fortalecida de pessoas que creem e que têm fé, e de empresas que atuam em prol do bem comum. Devemos nos engajar nos problemas da nossa comunidade, atuar na sociedade e na política, sempre norteados pelos valores cristãos e assim contaminar a todos com o amor e a solidariedade.

Devemos testemunhar nossa fé. Orar, permanecer retos e agir na defesa da família. Reacender diariamente a chama da dignidade humana, da compaixão, da misericórdia, da subsidiariedade, do bem comum, da verdade, da liberdade e da justiça.

Belo Horizonte, 16 de abril de 2016.


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