ESPIRITUALIDADE NAS EMPRESAS

13/02/2008



Alfredo José Assumpção

Muito se fala sobre espiritualidade nas empresas. Tentarei ser o mais direto e simples possível para explicar este momento que as companhias extremamente bem-sucedidas nos seus negócios estão passando. Espiritualidade não deve ser confundida com religião, espiritismo ou algo do gênero. Espiritualidade é a condição profissional na qual todos os colaboradores da empresa encontram-se trabalhando "para servir". Nesta hora, temos sinergia e quase uma catarse, com todos os funcionários se disponibilizando e se doando para o bem da empresa e possibilitando o aumento da produtividade e da lucratividade. Dessa forma, não só a empresa, mas todos os seus colabores ganham.

 

As pessoas ficam felizes porque estão sendo na sua plenitude e a empresa lucra porque está utilizando todo os recursos disponíveis na sua potencialidade máxima. Assim, ser espiritual no trabalho é estar para servir. Doar-se integralmente. Não ter medo de participar em quaisquer que sejam as intervenções de trabalho necessárias na empresa.

 

A companhia que não partir para este "estado de espírito" tende a morrer. Será liquidada, comprada ou fusionada. O planeta depende de líderes que pensem desta forma. É questão de sobrevivência. Esta consciência vem sendo motivo de estudo e de apoio até da ONU (Organização das Nações Unidas) para que as Universidades formem novos gestores que tenham esta mentalidade. É o que chamam "Princípio para Educação Empresarial Responsável" (Principles for Responsible Management Education). Mesmo por comodismo, as empresas estarão inclinadas de uma forma geral a trabalhar com espiritualidade.

 

No que concerne às áreas de Recursos Humanos, como responsáveis pela definição e aplicação das estratégias de gestão do capital humano das empresas, têm que, obrigatoriamente, se inserir neste contexto moderno de gestão. Não caberão nas empresas departamentos que pensem de forma diferente. É Comportamental (Corpo que age – processos, políticas, facilities, etc.), Cultural (Alma que governa – crenças, valores, atitudes) e de Missão e Visão (Espírito que indica o caminho a seguir). Em paralelo, o RH precisará fazer um trabalho de conscientização do topo das organizações para a base, e tal modo que todo os gestores sirvam de multiplicadores do modelo de gestão voltado para o bem, irradiando esta boa prática de cima para baixo, buscando o equilíbrio constante de Espírito, Alma e Corpo da empresa. Falamos aqui de formação de atitudes e comportamentos de líderes empresariais que obterão resultados, produtos e serviços do bem.

 

Desta forma, este produto do bem extrapola a empresa, desenvolvendo-se também em ambientes externos. Subordinados bem tratados levam a prática para suas famílias, amigos, sociedade e ambiente planetário. É o bem se multiplicando do ambiente interno das empresas para o ambiente planetário. Não se trata de assistencialismo. Continua-se a demitir, treinar, remunerar diferenciadamente os diferentes e a eliminar as zonas de conforto. É a gestão que busca maiores resultados. Porque funcionário feliz rende mais.

 

A prática da espiritualidade leva a uma maior consciência empresarial, fazendo com que a melhoria das práticas de gestão transforme o sistema organizacional num ambiente ético, repercutindo positivamente nos resultados da empresa. Uma coisa leva a outra. Se a espiritualidade, na forma como aqui coloco (Não confundir com religião ou espiritismo), for aplicada em toda a empresa, as práticas serão aperfeiçoadas, a ética estará garantida e os resultados em curto, médio e longo prazo virão com maior facilidade, na forma de lucro bom (aquele que permanece e se repete).

 

Qualquer pessoa na empresa pode praticar espiritualidade. Basta atitude. Mesmo sendo um Ph.D, se a pessoa não tiver atitude, não trabalhará com espiritualidade. Falamos aqui de desenvolvimento do “homem” (o ser humano enquanto essência). Não basta estudar. Tem que praticar. Esses “homens” espiritualizados, enquanto líderes criam as condições ambientais para que todas as pessoas trabalhem sem medo, doando toda a sua capacidade profissional e pessoal.

 

E, neste momento, as relações com clientes, resultados, ecologia e educação se interligam. Líderes espiritualizados produzem melhores produtos e serviços, com ênfase em melhores relacionamentos internos e externos, o que leva a conquistar clientes fiéis e comprometidos com seus produtos e serviços, gerando resultados melhores. Empresas espiritualizadas cuidam do meio ambiente e da educação. Este é o modelo que se planeja implantar em todo o mundo. É a forma de melhorar o ambiente planetário: ter líderes conscientes, multiplicadores de práticas saudáveis de gestão e de cuidado com o planeta.

 

Alfredo José Assumpção é CEO e Socio-fundador da FESA Global Recruiters e autor do livro "Gestão sem medo"


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