ADCE – Informativo DECLARAÇÃO SANTIAGO DOS CAVALEIROS

Caros associados:

Encaminhamos para conhecimento “DECLARAÇÃO SANTIAGO DOS CAVALEIROS” emitida por ocasião do XII SIMPOSIO CELAM – UNIAPAC LATINO AMERICANA realizado nos dias 08 e 09 de outubro na República Dominicana.

A Declaração é documento tradicionalmente elaborado em conjunto por representantes do Celam e da Uniapac LA, ao final de cada Simpósio.

Convido-os a lerem esta importante declaração.


DECLARAÇÃO SANTIAGO DOS CAVALEIROS

Reunidos na República Dominicana, bispos, sacerdotes e líderes empresariais de 13 países da América Latina, compartilharam reflexões em um ambiente de oração, tratando da responsabilidade dos líderes empresariais para a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e em paz. O Simpósio foi realizada à luz da Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”, do documento "A vocação do Líder Empresarial" do Conselho Pontifício de Justiça e Paz do Vaticano e da declaração de UNIAPAC "Prosperidade para todos".

1. Em um clima fraterno, de respeito mútuo e amizade sincera, o encontro serviu para reforçar os laços entre os pastores da Igreja Católica e empresários para colaborar uns com os outros no exercício da responsabilidade compartilhada de construir o Reino de Deus na terra. O diálogo ajudou para que os empresários reafirmassem sua vocação e responsabilidade para com as pessoas e com a sociedade, e validou sua visão cristã da Responsabilidade Social Empresarial (RSE) centrada na pessoa, como um meio para alcançar uma maior solidariedade, inclusão e construção uma sociedade mais justa e humana. A reunião permitiu ainda alargar os caminhos já trilhados para tornar realidade a ética na economia, na política, e em particular na empresa.

2. Depois de onze reuniões realizadas anteriormente, jornada cumprida com alegria, reafirmamos o entendimento comum sobre a nobre vocação dos líderes empresariais, desafiados que são por um sentido mais amplo da vida e convencidos de que os males de hoje não são desculpas para reduzir seu compromisso e entusiasmo, mas sim redobrar esforços para se alcançar uma sociedade sem exclusão. Por outro lado, a discussão e interação aberta e próxima, reforçou o compromisso dos bispos e sacerdotes para acompanhar e apoiar o empenho dos empresários e executivos para se tornarem discípulos missionários em suas empresas e na sociedade.

3. Esse diálogo foi um autêntico discernimento evangélico dos sinais dos tempos, frente à uma mudança de época gerada pelo desenvolvimento científico, a inovação tecnológica e suas velozes aplicações em diferentes áreas da vida. Foi motivo de preocupação que em muitos setores de nossos países haja falta de acesso aos medicamentos, alimentos, água e outros recursos necessários para uma vida digna, bem como os efeitos nocivos da exploração irresponsável dos recursos naturais. Portanto, reafirmamos a necessidade de ações concretas para acabar com estas graves situações e o nosso compromisso conjunto para superar a economia da exclusão, a economia sem rosto, convencidos de que "o dinheiro deve servir e não governar".

4. Baseado na primazia da vida, dom de Deus, e que a economia está a serviço do homem e da sua dignidade, acordou se que a livre iniciativa é positiva quando é entendida como parte de um sistema econômico que reconhece o papel fundamental da empresa, do mercado e da livre criatividade humana. Mas não pode ser assim considerada, se a liberdade econômica não se enquadrar em um sólido contexto jurídico, que a coloque a serviço da liberdade humana integral.

5. Pastores e empresários assumiram o compromisso de ir para a periferia, deixar sua própria comodidade e ajudar, a partir do local que cabe a cada um na sociedade, para erradicar as causas estruturais da pobreza, com propostas que ajudem a criação de uma sociedade mais justa, pacífica e fraterna, e reafirmar a base para a construção de uma economia que atenda às pessoas, com uma clara opção preferencial pelos pobres e excluídos.

6. Estendemos uma saudação especial de amizade e solidariedade com o povo da Venezuela. Preocupa nos que a liberdade esteja em perigo e que a convivência social seja prejudicada por sistemas políticos sectários e exclusivistas. Enfatizamos o perigo de democracia sem valores, que se converte facilmente em totalitarismo visível ou encoberto, ou de fundamentalismo que, em nome de uma ideologia, pretende impor aos homens sua concepção da verdade e do bem.

7. Estes grandes desafios nos convidam a incorporar a governança para o bem comum como uma dimensão complementar à sustentabilidade, como já o são as dimensões humana, social, ecológica e econômica. E, nos convocam a continuar promovendo em nossas esferas de ação nos âmbitos da cidadania e da política, os quatro princípios fundamentais do Pensamento Social Cristão: o respeito pela dignidade humana, o bem comum, a solidariedade e a subsidiariedade.

SANTIAGO DOS CAVALEIROS, 
República Dominicana 
10 de Outubro de 2014


Cordialmente, 
Sérgio Frade
Presidente da ADCE MG


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