Boa noite a todos!

Foi com grande alegria e satisfação que recebi a notícia de que fui a escolhida para receber o Prêmio ADCE Minas de Responsabilidade Social Empresarial 2018.

Prêmio este que visa reconhecer os dirigentes das empresas que enaltecem os valores das entidades e que dignificam as relações empresariais em todos os níveis.

Quero agradecer, ao Sérgio Frade e toda a diretoria da ADCE que aprovaram meu nome e, parabenizar a todos, pelo excelente trabalho que vem realizando.

Um abraço especial do Sérgio Cavalieri que liderou a ADCE desde o seu início.

Durante toda a minha trajetória profissional, este prêmio foi o que mais me emocionou, me deixou orgulhosa, fruto de um trabalho que realizei e venho realizando com carinho, amor e dedicação.

Especialmente, neste momento do Brasil, o Prêmio ADCE Minas de Responsabilidade Social Empresarial 2018, ganha mais relevância. Um momento de crise das políticas públicas, de combate a corrupção e dos prejuízos causados pelas falhas na gestão pública, emerge com mais exposição e importância da iniciativa empresarial.

Neste sentido, o movimento de responsabilidade social das empresas e as lideranças do mundo corporativo precisam contribuir para que a sociedade atue de forma organizada, utilizando das melhores práticas de gestão e governança, para que o desenvolvimento econômico seja levado para toda a população brasileira.

Por isso, esse prêmio da ADCE expressa não só o reconhecimento pelo trabalho realizado por líderes, mas representa o incentivo para a liderança empresarial levar os valores do mundo corporativo a toda a sociedade, como resposta para a construção de uma sociedade melhor para todos.

Minha vida profissional começou há exatamente 50 anos. Me formei em Engenharia Mecânica na UFMG em dezembro de 1968. Eram 120 homens e só eu de mulher. Eles dizem que são os zangões e eu a abelha rainha.

Inclusive, quero agradecer a presença de alguns colegas, que estão aqui para comemorarem comigo.

Comecei na área de informática em 1969. Naquela época chamava processamento de dados, onde abrimos a primeira empresa nesta área, em Belo Horizonte. Prestávamos serviços com um computador de 3º geração cuja memória era de 8k. Hoje, um e-mail de Bom dia, gasta mais que isto.

4 anos depois fui para a Datamec. Quando cheguei eram 4 salas, quando saí eram 96. 15 anos de muito trabalho em uma empresa que era privada e foi estatizada foi uma fase de grande amadurecimento e formação na minha vida e de muitas pessoas.

Trabalhar em uma empresa pública, não era bem o meu perfil, pedi demissão e um mês depois, já estava na Montreal Informática, com o desafio de ajudar a empresa a iniciar seus trabalhos. Naquela época eles estavam abrindo no Rio e eu abri em BH. Completamos 31 anos e a Matriz veio para Belo Horizonte.

Todos os sócios trabalham na empresa, que se tornou SA de capital fechado.

 “Durante estes mais de 30 anos pudemos praticar todos os valores em que acredito, nessa empresa que desenvolvi, vi crescer, e de que tanto me orgulho.

 Criamos uma empresa que respeita as diferenças, de todos os tipos, começando por mim – mulher – há mais de 30 anos, e sempre senti uma acolhida legitima e respeitosa por todos os gestores e funcionários.

Esse exemplo contagia, e se transformou na nossa cultura – e até hoje temos um forte componente feminino em todos os níveis da empresa, incluindo os mais altos postos, conquistados por elas com reconhecida meritocracia.

 Mantemos a tradição de abrir nossas portas e dar oportunidade do primeiro emprego aos jovens, seja como aprendizes ou estagiários, atualmente treinados pela metodologia diferenciada da Rede Cidadã, e mais do que isso – muitas e muitas vezes os aproveitamos em nossos quadros como funcionários, mantendo-os como colaboradores e continuando sua vida profissional conosco por muitos e muitos anos, chegando a premia-los com um “relógio” – nossa tradição de comemoração pelo aniversário de 10, 20 e 30 anos de empresa.

Nos engajamos em causas sociais, empregando funcionários da região onde estamos instalados, apoiando projetos com ação voluntaria próximos a nós, bem como ações de preservação ambiental e reuso de matérias primas, multiplicando o apoio através de nossos mais de 600 funcionários em Belo Horizonte e 5000 em todo o Brasil.

 A atitude de resiliência sempre foi uma característica marcante em nossa cultura, que nos permite reinventar a cada ciclo, a qual fomos aperfeiçoando cada vez mais ao longo dos anos e que atualmente nos permite navegar com mais desenvoltura em um mercado vibrante, de mudanças frenéticas na nova revolução digital que estamos vivendo. Tudo isso nos preparou para chegarmos maduros a este momento, e continuamos reinventando e inovando, atuando em novos mercados através das soluções de Transformação Digital – com robôs, inteligência artificial, métodos ágeis – mas sem nunca perder a nossa identidade, solida e confiável, reconhecida de longe pela confiança, que construímos através dessa história…”

Este trabalho só foi possível com a ajuda de toda a equipe Montreal que se dedica e doa o seu melhor na execução do trabalho, que não tem medo dos desafios, que sonha e realiza juntos, que é apaixonado por TI e que tem tanto orgulho de usar a #somosmontreal.

O meu agradecimento a toda nossa equipe.

Fui Presidente da Associação de Amigos do Museu Histórico Abílio Barreto (AAMHAB), uma associação civil, de natureza privada, sem fins lucrativos.

Uma instituição de utilidade pública municipal e estadual, fundada em maio de 1994, com a finalidade de proporcionar a participação e auxílio financeiro da comunidade, nas atividades do Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), lugar que guarda mais de 80 mil peças de acervo sobre a história de Belo Horizonte.

 A Associação foi responsável pelo gerenciamento de diversos projetos, especialmente a construção da nova sede, ao lado do casarão, comprou seus móveis e equipamentos. Tudo com recursos obtidos na iniciativa privada, sendo então, pioneira no Estado de Minas Gerais na parceria público privada.

Ao longo de mais de duas décadas a associação criou e gerenciou diversas atividades culturais, exposições, saraus, shows e programas como os domingos no MHAB e Brincando no Museu, hoje extintos.

Nos últimos anos, sua missão, como amigos do Museu da Cidade se ampliou, sendo a Associação, junto com a Fundação Municipal de Cultura e parceiros, responsável pela realização das quatro edições da Virada Cultural, que levou para as ruas de BH cerca de 20 mil artistas e mais de 2 milhões de pessoas.

Recentemente, a Fundação Municipal de Cultura encerrou a parceria com a Associação dos Amigos do Museu. Com o cancelamento de todos os projetos que vinham sendo feitos e que transformaram a vida cultural de BH e exemplos para todo o Brasil.

Ao fechar as portas, não sem tristeza, a Associação deixa uma centena de livros e publicações diversas que contam a História de BH nesses 121 anos de cidade e, também, quando ainda éramos Arraial do Curral Del Rey. A Cultura, meus amigos e amigas é que oferece sentido à vida em comunidade. Sem cultura não temos mais que a Barbarie, reflitamos sempre sobre isso.

O meu agradecimento ao Leonidas, aqui presente, meu professor e colaborador em todos os momentos.

Na Rede Cidadã, a minha participação como voluntária, presidente do Conselho de Administração, é o meu ato individual de responsabilidade social.

A Rede Cidadã é uma organização social criada em 2002 com o objetivo maior de criar sinergia entre governo, por meio das políticas públicas, organizações sociais por meio de projetos e empresas, por meio da Cidadania Corporativa.

Assim, todos os nossos projetos possuem essa articulação dos diferentes atores sociais, organizados a partir da Responsabilidade Social das empresas e de pessoas que são voluntárias na governança e nas atividades junto aos nossos públicos.

Ao longo de 16 anos, a Rede Cidadã priorizou a formação de jovens, adultos e seniores, para serem inseridos no mundo do trabalho. Atualmente são 76 mil pessoas que foram inseridas no mercado de trabalho.

Nestes anos destacamos os seguintes projetos:

A Rede de Geração de Trabalho e Renda para jovens de 18 a 30 anos;

O Programa Jovem Aprendiz para jovens de 14 a 24 anos;

O Projeto de Empreendedorismo para o desenvolvimento de empreendedores e seus negócios;

A Rede Inclusiva para incluir Pessoas com Deficiência;

A Rede Sênior para incluir pessoas acima de 60 anos;

O Projeto Jovens profissionais do Futuro para jovens em medidas socioeducativas;

O Programa Trabalho Novo para incluir Pessoas em Situação de Rua.

Com o objetivo de aumentar o tempo de permanência na empresa e aumentar o compromisso com o mundo do trabalho, a Rede Cidadã desenvolveu a metodologia dos treinamentos socio comportamentais, desde 2015. Essa inovação atraiu a atenção de organizações sociais dos EUA.

Atualmente, a Organização Social, chamada por YEP – Youth Empowerment Project, adotou a metodologia da Rede Cidadã no território de New Orleans, nos EUA.

No Brasil, a Rede Cidadã tem atuado em 7 estados e 48 cidades, reunindo atualmente 320 colaboradores e crescendo cada dia mais em São Paulo.

Isto tudo é fruto da dedicação e profissionalismo do meu diretor e amigo Fernando Alves e de toda sua equipe. Fernando, foi você que me convidou para acreditar nesse trabalho, que hoje faz parte da minha vida. Sem você nada disso existiria hoje. O meu agradecimento a você e toda a equipe que ajudaram neste sucesso.

Quero agradecer a minha família, minhas filhas Lúcia e Patrícia que sempre me incentivaram e me acompanharam. Ao meu genro João Paulo, que não me deixa assinar nada que não esteja juridicamente correto. Ao meu irmão Wilton, sempre presente na minha vida.

Não poderia terminar sem antes de agradecer, a todos vocês amigos de verdade, que estão, hoje, aqui comigo, para compartilhar esta conquista.

Um Feliz Natal a todos e um 2019 com saúde e paz!