Informativo ADCE-MG – Impactos da paralisação parcial da mineração em MinasImpactos da paralisação parcial
da mineração em Minas
ADCE-MG propõe mais diálogo entre as partes
envolvidas para superação dos problemas
O almoço mensal da ADCE-MG realizado nesta sexta-feira, 12 de abril, provocou intenso debate sobre os impactos na economia de Minas a partir dos estudos apresentados pela FIEMG.
O evento teve como palestrante o economista da Federação, Sérgio Luís Guerra Xavier, que extrapolou a análise econômica da situação. Xavier propôs aos presentes uma reflexão de como a comunidade empresarial poderia auxiliar aos municípios, que dependem da atividade mineradora, a superarem a crise.
Durante o encontro, o economista apresentou os números preocupantes decorrentes da baixa na produção mineira do insumo siderúrgico, a partir das decisões da Justiça sobre as operações da Vale, que suspendeu a atividade da mineradora em diversas minas do Estado. Estudo divulgado recentemente pela Fiemg mostra que a redução da atividade gerada pelo rompimento da barragem pode levar Minas a ter uma perda no Produto Interno Bruto (PIB) de 4% neste ano. Além disso, a queda no faturamento da indústria de minério de ferro e de seus fornecedores pode variar de R$ 21,7 bilhões a R$ 35 bilhões, com retração na produção de até 130 milhões de toneladas, o que corresponde a cerca de 70% do produzido atualmente, que é de 186 milhões de toneladas/ano. Já a perda de postos de trabalho no segmento pode atingir 815 mil.
De acordo com Xavier, os números indicam não somente os impactos em produção, faturamento e PIB de Minas, mas também a necessidade de mudanças na postura da sociedade e das empresas para lidar com o futuro e com os momentos de crise. Para isso, citou alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2000. A começar pela educação.
“Precisamos perceber a mudança nos paradigmas da nossa sociedade, as exigências do mundo moderno, assim como suas adequações. Vivemos em uma era em que cada vez mais as pessoas precisam ser treinadas e retreinadas ao longo da vida profissional. É preciso iniciar essa adaptação já na pré-educação das crianças”, avaliou.
“Devido ao momento econômico que estamos vivendo em Minas, escolhemos o estudo realizado pela Federação para apresentarmos aos nossos associados e dirigentes de empresas”, disse Sérgio Frade, presidente da ADCE-MG. “Minas Gerais irá superar a crise com diálogo e compromisso”, afirmou.
Sérgio Frade, também destacou a necessidade da centralização e acompanhamento do processo de recuperação e ajuda. “O brasileiro é solícito e tem um coração enorme. Engaja na ajuda humatária de imediato, não poupa esforços para ajudar, servir, ser útil, atencioso, porém é também necessária uma coordenação deste processo. Quem será o protagonista principal deste processo?” Questionou Frade. Em sua opinião, o Estado deve cumprir o papel de centralizar todos os processos, agindo, coordenando, articulando e principalmente cobrando. “Cabe aos responsáveis pela atividade mineradora rever seus processos para trabalhar em níveis exemplares de segurança e, assim, evitar que tragédias ocorram”, ressaltou.
Fotos: Wagner Diló Costa
Sérgio Luís Guerra Xavier |
| | Sérgio Frade |
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Paulo Lamac |
| | Jacob Máximo |
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Leopoldo Naves |
| | Sidney Porto |
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Paulo Eduardo de Aguiar Coimbra |
| | Angela Alvarenga, Dante de Matos, Paulo Paiva, Sérgio Frade e Sérgio Guerra |
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