ADCE Minas Gerais leva associados e convidados para a exposição, inédita no Brasil, “São Francisco na arte de mestres italianos” na Casa Fiat de Cultura
Associados e convidados da ADCE-MG
A ADCE Minas Gerais promoveu no dia 28 de agosto visita de associados e convidados da entidade à exposição São Francisco na arte de mestres italianos, na Casa Fiat de Cultura que fica na Praça da Liberdade. Inédita no Brasil, a exposição reúne 20 telas produzidas entre os séculos 15 e 18 pertencentes aos acervos de 15 museus de sete cidades italianas.
Um dos mais populares e adorados santos da Igreja Católica, São Francisco de Assis (1182-1226) é também um dos religiosos mais presentes na arte mundial. A iconografia do fundador da Ordem Franciscana teve início pouco após a sua morte – ele foi canonizado pelo papa Gregório IX apenas dois anos depois de morrer. O destaque da exposição é o quadro San Francesco riceve le stimmate (São Francisco recebe os estigmas, de 1570), de Tiziano. Obra de três metros de altura por quase dois de largura, foi pintada pelo mestre veneziano aos 80 anos – Tiziano morreu aos 90, ele não desenhava, pintava diretamente na tela.
A pintura integra o segundo e mais importante dos três núcleos da mostra, dedicado aos estigmas. Francisco de Assis é considerado o primeiro cristão a ser estigmatizado – ter as marcas como as chagas de Jesus Cristo na cruz.
É com o núcleo Imagens que a exposição tem início. São quatro telas – o destaque é um São Francisco de Guercino da primeira metade do século 17 – que mostram a figura nas artes renascentista e barroca em sua primeira fase de representação. Após a sua morte, a Ordem Franciscana entendeu a importância de se desenvolver uma iconografia que expressasse uma vida simples. Nesta primeira parte, é visto sempre sozinho, com vestes típicas e acompanhado da Regra (o livro em que ele escreveu as leis para os frades).
O núcleo seguinte, “Os estigmas”, reúne 12 obras. Além da tela de Tiziano, a sala da Casa Fiat é tomada por um estandarte de 1629 de Guido Reni. Na parte frontal do quadro, São Francisco recebe os estigmas; na tela posterior, ele aparece pregando. Foi Giotto (1267-1337) quem revolucionou a iconografia do santo, tirando de cena a figura magra e sofrida e mostrando um rosto angelical, mesmo que sempre com as vestes simples.
Na última sala, “Conversações sacras”, reúnem quatro telas que expressam a terceira fase da representação do santo. “É um período muito representado, pois ele está acompanhado de outros santos, como a Virgem Maria e Santo Antônio de Pádua”, afirma o curador.
A interpretação de Giotto para a vida de São Francisco está na parte interativa da exposição. Óculos de realidade virtual permitem que o visitante conheça a Basílica Superior de Assis. Iniciada em 1228 e inaugurada em 1253, a igreja traz uma das obras-primas do pintor – afrescos que mostram 28 episódios da vida de São Francisco. Para quem quiser uma visão menos imersiva, há um vídeo que apresenta a história da basílica, com um modelo único em todo o mundo, onde o santo está sepultado.
Os associados e convidados da ADCE-MG foram recebidos pelo diretor da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo Pereira de Lima que saudou a todos com uma breve exposição sobre a logística de trazer a exposição a Belo Horizonte.
Fotos: Wagner Diló Costa
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